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A Importância da Contabilidade como instrumento de Gestão nas Micro e pequenas Empresas Industriais

Fernanda Borges Ventura Especializanda em Gestão Contábil e Financeira – UESPI Maria Valéria Santos Leal Profa. orientadora especialista UESPI- Cloves Moura. RESUMO: Diante da grande mortalidade das MPE (Micro e Pequenas Empresas) em seus primeiros anos de existência e também a não valorização dos conhecimentos contábeis para a tomada de decisões, decide-se analisar a apropriação, bem como a utilização das informações contábeis nas pequenas indústrias em Teresina-PI, procurando abordar a importância da contabilidade para a gestão dos negócios. Sabe-se que a maioria das empresas, em especial as micro e as de pequeno porte, utilizam o conhecimento contábil apenas para facilitar sua regularização quanto às exigências burocráticas dos órgãos públicos ou para fazer a apuração dos valores de tributos a serem pagos. Para a realização deste trabalho faz-se importante uma fundamentação através da revisão bibliográfica para contextualização, entrevista aos empresários com uso de questionário e observação in loco dos aspectos que interferem direta e indiretamente, aos objetivos a serem atingidos por esta pesquisa, ou seja, identificar os problemas provocados pela não utilização racional dos conhecimentos contábeis, pelas MPE. De acordo com a amostra utilizada de diversos setores industriais diagnosticou-se que a maioria das pequenas indústrias da cidade, desconhece a verdadeira razão de ser da contabilidade, ao ignorar todas as informações repassadas, nas demonstrações, que em sua maioria não refletem a realidade, já que são produzidas, bem distante do dia a dia da empresa, resultando muitas vezes no insucesso da mesma ou sucessos momentâneos sem bases sólidas. Palavras – chave: Contabilidade, Gestão e microempresa industrial. 1- INTRODUÇÃO O presente trabalho surge da inquietação acerca da utilização, ou melhor, a falta de aproveitamento do potencial que a contabilidade é capaz de fornecer aos seus usuários.Sabe-se que a maioria das empresas, em especial as micro e as de pequeno porte, utilizam o conhecimento contábil apenas para facilitar sua regularização quanto às exigências burocráticas dos órgãos públicos ou para fazer a apuração dos valores de tributos a serem pagos. A nomenclatura pequenas indústrias, refere-se a microempresas, ou seja, de acordo com a Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006 – são empresas que auferem, em cada no calendário, receita bruta de até R$ 240.000,00(duzentos e quarenta mil reais). 2 Mas de acordo com pesquisa realizada pelo SEBRAE no primeiro trimestre de 2004, a partir de dados em amostras de empresas constituídas e registradas em juntas comerciais estaduais, no período de 2000 a 2002, 49,9% das empresas encerram suas atividades com até dois anos de existência, 56,4% com até três anos e 59,9% com até quatro anos, ou seja, a mortalidade das empresas é muito elevada.Sendo diversos os fatores que contribuem para essa estatística, desde a falta de profissionalismo, desinformação, a não apuração e controle dos custos, a incorreta formação dos preços e até mesmo a falta de incentivos por parte do governo. Não se pode deixar de mencionar a ausência da apropriação, bem como a utilização do conhecimento contábil, fator este que tentaremos verificar no ambiente das pequenas indústrias da cidade de Teresina, capital do Estado do Piauí. Já que é visível a necessidade do município produzir mais, seja para diversificar suas atividades e ainda gerar emprego e renda, proporcionando o desenvolvimento ao município, por conseqüência ao Estado.Mas que esta produção seja de forma segura, ou seja, embasada em informações fidedignas e racionais, e a contabilidade tem muito a contribuir neste sentido, para o crescimento destas microempresas (indústrias), já que seu objetivo é realmente fornecer informação. Para que isto aconteça é necessário que se garanta ao profissional condições de trabalho, para que o mesmo seja desenvolvido com dedicação e profissionalismo, pois é praticamente impossível prestar um serviço de qualidade, sem a disponibilidade de tempo por parte do profissional e sem o reconhecimento remuneratório por parte do empresário, que geralmente reconhece os serviços contábeis como gasto, muitas vezes desnecessário. Sabe-se que o profissional contábil e a ciência contábil têm a capacidade de responder satisfatoriamente, através do seu arcabouço de informações, às exigências do mercado, cada vez mais massacrante, principalmente quando se trata de micro e pequenas empresas que em sua maioria enfrentam problemas de liquidez e não utilizam, talvez por desinformação, a contabilidade para diagnosticar e resolver seus problemas. Por isso as Industrias localizadas na cidade de Teresina serão o foco desta pesquisa que tem como objetivo analisar a utilização, bem como a apropriação das informações 3 contábeis nestas empresas, procurando com isso abordar a importância da contabilidade para gestão de negócios, em especial os pequenos negócios. A presente pesquisa está fundamentada em revisão bibliográfica para contextualização e contará com entrevista que diagnosticará a visão dos empresários em relação à contabilidade, principalmente em relação a sua utilização, no sentido de oferecer condições para diagnosticar e sugerir soluções no ambiente da indústria. Será utilizado como instrumento para a coleta de dados o questionário, já que se trata de uma pesquisa exploratória. Sendo também importante a observação in loco das empresas para que verifique o grau de representatividade e a utilização dos conhecimentos contábeis no gerenciamento da Indústria.

CONTABILIDADE E GESTÃO

Diante da elevada mortalidade das empresas brasileiras nos seus primeiros anos de vida, será analisado alguns aspectos que contribuem para tornar esses empreendimentos inviáveis logo nos primeiros anos de vida. Um dos principais aspectos que contribuem para o insucesso destes negócios é a falta de gerenciamento, embasado em informações apresentadas em demonstrações contábeis, bem analisadas e principalmente bem colhidas.Muitas vezes a contabilidade destes estabelecimentos é feita à distância, ou seja, os serviços contábeis são realizados em escritórios contratados pela empresa sem que o profissional visite, presencie e observe a realidade da mesma, dificultando, portanto uma maior e melhor contribuição com idéias que ajudem na resolução de problemas. É necessário mudar o pensamento em relação aos recursos direcionados a obtenção do conhecimento contábil, pois este precisa ser de qualidade, já que é de grande importância para as empresas, que enfrentam diariamente problemas por tomarem decisões equivocadas, em virtude de não possuírem informações que reflitam sua verdadeira realidade. Ainda há poucos estudos que evidenciem a relevância do conhecimento contábil, fato revelado por (CESTARE apud KASSAY, 1996) ao constatar que apesar das MPE 4 exercerem papel relevante na economia, havia à época de seu trabalho, poucas pesquisas sobre o setor que contribuíssem para demonstrar a utilidade e a importância da contabilidade para a gestão das empresas de menor porte. Este fato, apesar do tempo ainda permanece inalterado, percebe-se que a Ciência contábil ainda não é tratada como instrumento de gestão, em especial pelas MPE, ou seja, economizam neste setor, muitas vezes por não possuírem informação ao considerarem a contabilidade apenas como um “mal necessário”. A busca pela maior qualidade a um menor custo exige que, o administrador da empresa esteja munido de informações fidedignas, para melhor embasamento de suas decisões, e é na área contábil que se encontra todos os registros da vida da empresas, registros esses importantíssimos para a tomada de decisão. É a contabilidade o melhor mecanismo, capaz de subsidiar estas pequenas empresas, no caso indústrias, desde sua instalação, compra de matéria prima, determinação do preço de venda, escolha da forma de tributação, apuração dos custos todos esses e outros fatores que são importantíssimos para garantia de sobrevivência, em especial, destes pequenos negócios. A área contábil apesar de ser capaz de oferecer as coordenadas para uma melhor decisão, ainda não é tratada como um aspecto de grande relevância quando se trata de microempresas, é o que confirma (CESTARE 2002, p.81 apud FERREIRA NETO), quando relata os principais problemas da contabilidade em relação a situações vividas pelas pequenas e médias empresas:

1) normalmente a Contabilidade é realizada para atender às exigências fiscais e não como um instrumento útil para assessorar o pequeno empresário em suas decisões;

2) nem sempre a Contabilidade reflete a realidade econômico-financeira da empresa;

3) normalmente, o pequeno empresário conhece bem a parte industrial (produção) de sua empresa, confessando-se pouco entendido em administração financeira. Dificilmente possui assessores para auxiliá-los na administração e tem muita dificuldade em interpretar os balancetes e outros relatórios contábeis, apresentados pelos escritórios de contabilidade;

4) normalmente não há política de estoques;desconhece-se a verdadeira situação financeira da empresa; não se sabe qual é o seu capital de giro 5 próprio, o seu grau de endividamento, os principais fatores que contribuem para a queda da rentabilidade, o seu nível de imobilização, a composição de suas dívidas(curto ou longo prazo), as fontes de financiamento menos onerosas, as melhoras alternativas de investimentos etc.

5) há críticas, por parte dos empresários, em relação aos juros altos, encargos sociais elevados, carga tributária, política econômica do governo,etc.

6) não há disposição em remunerar melhor os escritórios de Contabilidade, pois os benefícios decorrentes destes escritórios à empresa são considerados como pequenos;

7) os escritórios de contabilidade são vistos na maioria das vezes, como um “mal necessário”. Percebe-se que contabilidade precisa ser vista, pelos empresários, não como fator solucionador de problemas, como não é, mas um subsídio importantíssimo para a tomada de decisões, já que sua ausência é fator de fracasso certo.

Mas é também importante a mudança de comportamento do profissional contábil que deixa de oferecer um serviço de qualidade por um preço justo, gerando insatisfação dentro da classe que acaba sendo desvalorizada. São diversos os fatores que contribuem para o fracasso de uma empresa, mas o conhecimento contábil de qualidade pode dentre outras coisas disponibilizar: “…simulações que levem em conta, por exemplo, aumento ou redução de preços, etc. Igualmente, uma análise dos custos dos produtos fabricados e dos vendidos terá ampla utilidade para a correção de rumos. O planejamento de fluxos de caixa, levando em conta dados históricos e valores previstos, também será facilitado pelos registros e pelas práticas contábeis. A escolha de como tratar o “leão” também será beneficiada.

A análise das diversas situações com base nos registros contábeis, permitirá à empresa optar pelo regime que lhe for mais favorável: lucro real/presumido, PIS/Cofins, etc. Uma análise a lucratividade(operacional, final, etc.) deve trazer uma comparação com períodos anteriores, assim como a evolução do endividamento, as vendas em relação aos recursos próprios, os índices de liquidez(corrente,seca e absoluto), a rentabilidade do capital próprio, a estrutura das fontes de recursos, garantia do capital de terceiros e mais uma série de itens a serem observados.” (PEDROSA,2009.p.3 e 4) E isto é importantíssimo para a sobrevivência das MPE que diariamente enfrentam diversos problemas, é preciso que se trabalhe nesses ambientes com mais profissionalismo 6 para que os poucos recursos disponíveis sejam utilizados racionalmente e assim garantirem retorno. É por isso que aos poucos essa visão equivocada a respeito da contabilidade precisa está sendo substituída, já existem alguns empresários que perceberam a relevância da mesma, não em relação aos demonstrativos contábeis, mas em relação mesmo ao profissional que ao se valorizar e prestar um bom serviço contribui de maneira significativa para o sucesso da empresa.

Alguns empresários, tem demonstrado aos poucos mudança em relação a visão acerca da contabilidade talvez porque os próprios profissionais perceberam que as demonstrações contábeis por si só não contribuem para a gestão dos negócios, é necessário mais, seja a análise e sugestão de soluções acarretando cada vez mais a valorização da ciência contábil e por conseqüência dos profissionais e: “Um dos prováveis fatores que fez com que a contabilidade ganhasse maior relevância como instrumento de apoio a gestão dos negócios das empresas …, deixando, inclusive, de ser terceirizada, é a globalização de mercados e o conseqüente aumento da competitividade. Isto porque tais fenômenos vêm exigindo das empresas um estilo de administração mais qualificada, com valorização do seu quadro de colaboradores, entre os quais, o contador.” (SILVA, 2002, p. 19) Só a conscientização dos profissionais da área contábil, é capaz de despertar em todos a grande importância das informações contábeis, em especial a analise sugestiva das mesmas, as quais serão bem realizadas por profissionais da área.

 CONTABILIDADE E AS MICROEMPRESAS

De acordo com o (IBGE, 2006) existem apenas 1742 Indústrias atuando no município de Teresina, dentre elas as micro e de pequeno porte, que enfrentam um mercado cada vez mais competitivo e excludente, mesmo assim contribuem significativamente para a economia local, pois se sabe que a atividade Industrial gera benefícios significativos, seja diretamente ao gerar emprego e em especial indiretamente, por ser capaz de movimentar várias cadeias produtivas simultaneamente. A presente pesquisa foi realizada em pequenas indústrias de Teresina, de diversos 7 setores dentre eles destacamos: três indústrias do setor têxtil, uma do setor metalúrgico, uma do setor de fabricação peças de alumínio e uma do setor de fabricação de gelo. Diante da proposta da pesquisa escolheram-se indústrias que não ultrapassam o limite de faturamento bruto da microempresa que é de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais). Aplicou-se questionários para aferição da visão dos empresários em relação à contabilidade e seus profissionais, após aplicação realizou-se a tabulação dos dados quantitativos e a conseqüente análise dos mesmos, também foi feita aferição dos dados qualitativos, que enriquecem e singularizam a presente pesquisa. O primeiro aspecto a ser discutido, trata da forma como a contabilidade é tratada pelos empresários destas pequenas Indústrias, ou seja, o grau de prioridade que é dado aos serviços contábeis, conforme gráfico abaixo: Gráfico 1- Modo como as empresas realizam sua contabilidade. qqqqq Fonte: Pesquisa direta realizada em seis pequenas indústrias (microempresas), realizada em junho de 2009. Analisando o gráfico 1(um), verificamos que os serviços contábeis são realizados em sua maioria por escritórios contratados, que atuam fora do ambiente da empresa. Esta informação por si só não é um problema, é preciso verificar que os resultados dos serviços contábeis são produzidos, a maioria das vezes. fora das microempresas, dentro dos escritórios, sem o contato direto com a empresa. 8 E isto provoca um dos principais problemas identificados nos demonstrativos contábeis, a distorção entre as demonstrações e a realidade vivida pelas microempresas industriais. Gerando, portanto problemas de ordem gerencial, para a microempresa, que não disporá de informações seguras que embasem suas decisões.

O motivo defendido pelos empresários para a contratação de escritórios de serviços contábeis é a economia que se tem, já que é muito mais oneroso contratar serviços de um profissional que estivesse presente em sua empresa. Esse fato, também implica em outro grande problema para a contabilidade e seus profissionais que a cada dia tem seu trabalho desvalorizado, sendo substituídos por profissionais que não oferecem um serviço de qualidade cobrando preços muito baixos, provocando a absorção nestes escritórios, de microempresas que ainda não perceberam a importância de uma contabilidade de qualidade. Acarreta desestímulo por parte dos bons profissionais da área contábil que são prejudicados, por oferecerem seus serviços de qualidade a um preço justo e também em relação às microempresas gera elevada mortalidade. A seguir verificaremos os serviços contábeis que são oferecidos às pequenas indústrias, conforme o gráfico dois(2), abaixo: Serviços prestados pela área contábil Gráfico 2- Serviços prestados pela área contábil as empresas pesquisadas. Fonte: Pesquisa direta realizada em seis pequenas indústrias (microempresas), realizada em junho de 2009. 9 Diante do gráfico 2(dois), verifica-se que os serviços oferecidos pelos profissionais contábeis, não ultrapassam as questões burocráticas obrigatórias, em apenas uma empresa verificou-se a participação efetiva dos profissionais contábeis na parte gerencial, com análises e sugestões para decisões da empresas. Com isso percebe-se que a cultura de não aproveitar o conhecimento fornecido pela contabilidade permanece, talvez pelo fato de os dados da empresa, serem colhidos à distância, e também o valor monetário repassado a esses profissionais é muito baixo para cobrir a disponibilização de tempo para essas análises. Todos acabam perdendo, o profissional que é mal remunerado e a pequena indústria que enfrenta dificuldades dentro do mercado bastante competitivo e não se cerca de informações qualificadas para a melhor decisão. O fato que se questiona da distância entre a contabilidade e a microempresa, pode ser verificado no gráfico três (3), que identifica a participação do profissional contábil nas decisões da empresa. Gráfico 3- O uso dos conhecimentos do profissional contábil para a tomada de decisões. Fonte: Pesquisa direta realizada em seis pequenas indústrias (microempresas), realizada em junho de 2009. O gráfico acima demonstra que praticamente não há sintonia entre as informações colhidas pelo setor contábil e o gerenciamento da pequena indústria, que toma decisões muitas vezes aleatórias, sem saber em que grau estas, poderão afetar sua produção, seu preço, seu lucro, seu endividamento entre outros fatores. Ao analisar este ponto e verificar in loco, percebe-se como as informações contábeis não são relevadas na hora da tomada de decisões.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da tentativa de investigar como as microempresas Industriais localizadas em Teresina, capital do Estado do Piauí, fazem a apropriação dos conhecimentos contábeis, neste ambientes percebe-se que a contabilidade e em especial seus profissionais, não conseguem contribuir para a gestão das pequenas indústrias, seja pela falta de oportunidade, seja pela falta de tempo e dedicação seja pela qualificação dos profissionais, visto que as empresas de grande porte, já perceberam que sua contribuição é bastante significativa para o sucesso das mesmas. Percebe-se que é necessário maior profissionalismo para administrar as pequenas empresas, pois os recursos na maioria das vezes são escassos e precisam ser bem gerenciados, para que não haja desperdício. As empresas em geral não privilegiam a apropriação dos atos e fatos que acontecem no dia a dia das empresas, a maioria delas apuram apenas eventos que interferem diretamente no pagamento de tributos, mas os demais eventos quando não privilegiados causam grande prejuízo, ao tempo em que uma boa informação contábil pode gerar tanto benefícios gerenciais como benefícios fiscais. Uma contabilidade bem realizada fornece um retrato da empresa no passado, possibilitando a comparação com períodos anteriores, permitindo análise de aspectos que merecem maior atenção, assim as decisões poderão ser tomadas com maior embasamento na realidade de cada empresa. Portanto a contabilidade é de grande importãncia em qualquer situação , mas para que a sua contribuição seja bastante significativa é necessário que ela seja feita com maior atenção e qualidade, para isso é necessário uma coleta de dados e acompanhamento da realidade de cada empresa pelo profissional contábil desencadeando uma feitura de relatórios fidedignos e esclarecedores para os usuários internos da empresa. Assim com o intuito de analisar em primeiro lugar pequenas empresas industriais da cidade de Teresina, verifica-se a necessidade de futuramente tentar aproximar a classe empresarial desse seguimento à contabilidade através da divulgação da importância, apresentação de situações práticas, que exijam a tomada de decisões através do manuseio e análise de demonstrações contábeis relacionando estas com o mundo externo à empresa. Para isso é necessário que os profissionais valorizem-se prestando serviços de e com qualidade. Não é mais admissível o profissional contábil se ater a produzir, apenas, 11 demonstrativos contábeis, é preciso mais. É necessário sua análise de forma a contribuir para a tomada de decisões dessas pequenas empresas. É importante ressaltar que pesquisas nesta área precisam ser realizadas pois são necessárias ao desenvolvimento da ciência contábil e são imprecidíveis para legitimar os benefícios que a mesma é capaz de garantir aos tomadores de decisões, ao embasar suas informações em algo concreto. 5-

REFERÊNCIAS BRASIL.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Estatística do Cadastro Central de Empresas 2006: Tabela 12 – Unidades locais, pessoal ocupado total e assalariado em 31.12 e salários e outras remunerações,segundo Municípios das Capitais e seção da classificação de atividades – 2006.Disponível em: . Acesso em 02 de maio de 2009. BRASIL. Constituição(1988).Lei complementar 123, de 14 de dezembro de 2006.altera os dispositivos das leis 8212 e 8213/1991 e revoga as leis 9317/1996 e 9841/1999.Constituição Federal.(org.)Roque Antonio Carraz e Vera Helena de Melo Franco.9º Ed.São Paulo:RT,2007. CESTARE,Terezinha P;PELEIAS,Ivan R.Proposta de relatórios para a gestão de custos em uma pequena indústria calçadista na cidade de São Paulo.disponível em .Acesso em 02 de maio de 2009. PEDROSA, Carlos José. A contabilidade como instrumento de gestão. Alagoas: Maceió. disponível em < www.consultores.com.br/artigos.asp?cod artigo=381>. Acesso em 18/05/2009. SILVA, Ângelo Alves da. Gestão financeira:um estudo a cerca da contribuição da contabilidade na gestão do capital de giro das médias e grandes indústrias de confecções do Estado do Paraná.Dissertação(Mestrado em Controladoria) FEA/USP, São Paulo, 2002. Disponível em: . Acesso em 28 de abril de 2009.

Como a contabilidade pode ajudar seu negócio

A contabilidade é uma ferramenta indispensável para os empresários gerirem o seu negócio.Através dos registros contábeis, o empresário conhecerá diversas informações, como: os custos da sua empresa, o giro de capital, o giro do estoque, a carga tributária e uma série de informações úteis para o planejamento e gerenciamento da empresa, de forma que com visão empreendedora, o negócio se desenvolva, cresça e gere empregos e rendimentos para o empresário.

A grande maioria dos empresários desconhece a importância e as informações disponibilizadas pela contabilidade, e com isso acabam perdendo o arsenal de dados existentes na contabilidade.

Por isso, a contabilidade consiste em uma poderosa ferramenta que apresenta grande importância, disponibilizando inúmeros dados para o empreendedor gerir o seu negócio e fazer com que o mesmo se desenvolva e se mantenha forte e saudável financeiramente no mercado em que atua.

O empreendedorismo e a contabilidade

Para que uma empresa tenha sucesso no mercado, é necessário que o empresário ou empreendedor tenha boas ideias, o capital para abrir o empreendimento, ação empreendedora e força de vontade aliada com a determinação para tocar o negócio.

De uma maneira geral, o empreendedorismo está associado as pessoas que abrem suas empresas com o objetivo de serem seus próprios patrões, o que não deixa de ser verdade, pois o empreendedorismo é toda ação que visa criar algo novo, e a abertura de empresa pode ser tido como o novo que está surgindo. Mas, muitos dos empreendedores mergulham nessa aventura sem muito conhecimento e precisam de ajuda para construir e desenvolver as suas empresas.

E para isso ocorrer, existe uma figura de grande importância: o trabalho do contador. O contador está ligado a empresa desde a sua abertura, e através dos registros contábeis gerará uma série de informações sobre a empresa que podem ser usadas para o seu crescimento.

Através das informações geradas pelo contador, o empreendedor terá condições de conhecer melhor o seu negócio, e desta maneira ter uma melhor gestão de forma que o empreendimento seja lucrativo e permaneça por muito tempo na área em que atua.

Por isso, é de grande importância que o empresário crie uma relação de confiança com o seu contador, de forma que este conheça a visão estratégica e gerencial da empresa e que os registros contábeis venham ser aliados do empreendedor no crescimento de sua atividade. A análise contábil permitirá que o empreendedor conheça o seu negócio por completo: encargos e tributos incidentes, necessidade de capital de giro, fluxo de caixa, lucratividade e etc.

É de grande importância obter o maior número de dados sobre o empreendimento, pois, muitas vezes, uma empresa possui uma vida útil relativamente pequena (em média dois anos), pois uma série de problemas se acumula (falta de clientes, falta de capital de giro, problemas de ordem financeira e etc.), e a contabilidade é uma ferramenta extremamente útil para combater e a vencer esses problemas e ajudar o empreendedor a desenvolver o seu negocio através do planejamento financeiro, planejamento fiscal, organização da empresa, formação de preço de venda e etc.

A contabilidade apresentará sempre o histórico da empresa, isto é, informações do que ocorreu, no entanto, através da análise desses dados, o empresário pode projetar situações e resultados que permitirão visualizar o futuro e desta maneira trabalhar para o bom desenvolvimento da empresa no dia a dia.

Sendo assim, a contabilidade precisa ser vista e tida pelos empreendedores como uma ferramenta de gestão e não como um gasto. São muitos os casos em que os empresários não possuem ou até mesmo desprezam as informações contábeis, perdendo a oportunidade de ter informações de relevância gerencial e de contar com o auxílio e a experiência do seu contador na gestão do empreendimento.

Texto confeccionado por: Jeniffer Elaina

Como abrir uma empresa em Santana: Passo a passo para tirar as idéias do papel


Ter o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros, mas só em pensar nas etapas para abrir uma empresa, alguns já começam a ter pesadelos. Com o objetivo de ajudar futuros empreendedores que ainda não sabem por onde começar e incentivar aqueles que estão com receio, a Interdados criou o guia “Como abrir uma empresa  em Santana? Passo a passo para tirar as ideias do papel”.

Quanto custa abrir uma empresa em Santana?

Segundo uma pesquisa realizada pela Firjan, o custo médio de abertura de uma empresa é de R$ 2.038, podendo variar em até 274% entre os diferentes municípios do país.

Todavia, há despesas indiretas que pesam no bolso do empresário. São despesas, como aluguel, reforma do ponto comercial e honorários do contador, que são suportados pelo empresário antes mesmo de iniciar suas atividades. Importante lembrar que o ponto empresarial já deve estar montado desde o início do processo de registro. Isso é necessário porque o zoneamento da cidade pode impedir o exercício de determinadas atividades em certos locais e a fiscalização dos órgãos de regulação, como bombeiros e vigilância sanitária, é feito durante o processo de registro, para finalmente ter um alvará de funcionamento.

Registrar Empresa: Documentos Necessários

A formalização do seu negócio é o primeiro passo para o início das suas atividades empresariais, mas você precisa ficar atento para realizar corretamente todas as inscrições, licenças e alvarás necessários. Mesmo após ter em mãos o CNPJ, o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, e estar inscrito na Previdência Social, há uma série de licenças, registros e alvarás municipais e estaduais que você irá precisar para funcionar legalmente.

A falta de algum desses documentos poderá atrasar ou até inviabilizar a abertura do seu empreendimento. Lembre-se que para cada ramo de atividade e/ou forma de constituição escolhida para abrir sua empresa, você precisará de autorizações distintas. A legislação do município e do estado onde sua empresa será instalada também pode exigir inscrições específicas. Por isso, é importante consultar um profissional contábil que conheça a legislação local.

Para te ajudar nesse importante passo empresarial, reunimos neste guia os principais documentos necessários para abrir uma empresa.

1 – Elaborando o contrato social

Basicamente, a elaboração do contrato social irá definir as participações de capital de cada um dos sócios do empreendimento, bem como definir quais serão as atividades da empresa e seu funcionamento (modelo tributário, participação dos sócios, etc). O passo seguinte é verificar se o nome e o objeto social da empresa encontram-se disponíveis para que o documento seja elaborado, que, por sua vez, deverá ser reconhecido em cartório e assinado por um advogado.

Uma dica é avaliar, já nesse momento, se sua empresa pode enquadrar-se no Simples Nacional, que é uma excelente forma de reduzir alíquotas de tributos e simplificar sua forma de pagamento junto aos órgãos do Fisco.

2 – Registro na junta comercial

O primeiro deles é o registro na Junta Comercial ou no Cartório de Pessoas Jurídicas de seu estado. É a partir desse registro que sua empresa passará a existir oficialmente. Ele deve ser feito antes da obtenção do CNPJ e, apesar de não oferecer autorização para sua empresa começar a funcionar, é requisito essencial para prosseguir no processo de legalização dela. Lembre-se que você precisará realizar previamente uma consulta do nome empresarial escolhido, para verificar se já não existe outra empresa registrada com ele.

2 – Alvará de localização e funcionamento

O principal documento obtido no município é o alvará de funcionamento, ele é a autorização final que lhe permite abrir as portas do seu negócio. Para o obter, você precisa comprovar na prefeitura da sua cidade que reúne todas as condições exigidas por lei para exercer a atividade de sua empresa. Essas condições podem variar de acordo com o município, estado e ramo de atividade.

Antes de o requerer e até mesmo de realizar a inscrição na junta comercial, você deverá fazer uma consulta prévia na prefeitura de sua cidade, para verificar se a atividade empresarial escolhida por você pode ser exercida no local onde pretende abrir a sua empresa.

3 – Inscrição estadual

A maioria dos estados possui um convênio com a Receita Federal que lhe possibilita obter a inscrição estadual pela internet junto com o seu CNPJ, por meio de um cadastro único. Em alguns casos, a inscrição estadual deve ser obtida antes do alvará de funcionamento. Essa inscrição é obrigatória para empresas que prestam serviços de comunicação e energia, além das empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. É a partir dela que você recebe a sua inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

4 – Licenças e inscrições nos órgãos de regulação estaduais e municipais

As autorizações dos órgãos de vistoria são requisitos essenciais para conseguir o seu alvará de funcionamento. São bastante variáveis e dependem do ramo de atividade, local de instalação e até mesmo do porte de sua empresa. Algumas atividades empresariais precisam de autorização até das Forças Armadas – como é o caso das empresas que trabalham com artefatos explosivos, bélicos e produtos químicos controlados. Entre as inscrições e licenças mais comumente exigidas, estão as seguintes:

  • Licença ambiental: Obtida em órgãos Municipais e Estaduais de meio ambiente e no IBAMA. Geralmente é exigida de empresas que exercem atividade industrial, metalúrgica, mecânica, têxtil, química, de calçados, atividade agropecuárias.
  • Licença sanitária: Obtida em órgãos Municipais, Estaduais e Federais de vigilância sanitária. É exigida principalmente de empresas que atuam no setor de alimentação, medicamentos e cosméticos.
  • Vistoria de cumprimento das normas de segurança: É realizada pelo Corpo de Bombeiros e praticamente todas as empresas estão sujeitas.

Além das inscrições e licenças municipais e estaduais, algumas atividades exigem a inscrição em órgãos federais, como o ministério do turismo, ministério da agricultura, pecuária e abastecimento, polícia federal, entre outros.

É essencial que você consulte um escritório de contabilidade , que é a pessoa mais indicada para te orientar em todas as licenças e inscrições que sua empresa irá precisar de acordo com seu ramo de atividade e demais características.

Fatores de Sucesso e Insucesso de Micro e Pequenas Empresas

O número de micro e pequenas empresas (MPES) cresce a cada dia no Brasil. Dentre os diversos fatores de suporte a este crescimento, tem-se o empreendedorismo, mas embora haja uma quantidade significativa de micro e pequenos empreendimentos, existe uma preocupação com o tempo de vida dessas empresas, que muitas vezes não sobrevivem ao mercado grande e competitivo. Assim, este estudo vem abordar os principais fatores que contribuem para o sucesso ou insucesso das micro e pequenas empresas, considerando as características dos negócios pesquisados e de seus empreendedores. Demonstra-se por meio de um estudo multi-casos, baseado em entrevistas semi-estruturadas com empresários, quais desses fatores estão/estiveram presentes na vida das empresas pesquisadas. Conclui-se que, fatores como qualificação, organização, dedicação e a capacidade de assumir riscos e de inovar no negócio são algumas das qualidades positivas observadas no empreendedor. Além disso, o planejamento do negócio revelou-se fator essencial para o seu sucesso. Por outro lado, o insucesso revelou-se suportado por questões como falta de foco e identidade e, principalmente, ausência de planejamento do negócio. Em relação ao empreendedor, tem-se que o pouco conhecimento do mercado e, especialmente do ramo em que estava atuando contribuíram para o fracasso da empresa.

A cada dia novos negócios são iniciados e estes, por sua vez, nem sempre alcançam o sucesso esperado.Assim, muitos acabam fechando em pouco tempo. O presente estudo vem tratar destetema de importante relevância para a sociedade, visto que empresas, principalmente as de micro e pequeno porte, são cada dia mais comuns no Brasil.

Assim, esta pesquisa volta-se para o empreendedorismo de micro e pequenas empresas no Brasil. Estas foram escolhidas devido a sua grande representatividade e importância no País. As diferentes motivações que levam as pessoas a empreenderem um micro ou pequeno negócio também estão aqui abordadas, o que se relaciona muitas vezes ao perfil do empresário que estará à frente dos negócios. O tópico inicial trata das motivações para a abertura de novas micro e pequenas empresas. . Na sequência, apresentam-se diferentes perfis de empreendedores, classificandose algumas técnicas e habilidades que são requeridas aos mesmos. As etapas do processo empreendedor também estão tratadas com atenção nesta pesquisa. No tópico seguinte do estudo, pode-se compreender alguns pontos importantes que levam as empresas a permanecerem ou não no mercado. Puderam ser apontados alguns fatores de sucesso da empresa, identificando as qualidades e pontos positivos do empreendedor e do empreendimento. Da mesma forma, observam-se estas características no ponto de vista oposto,ou seja, as que acabam contribuindo para o insucesso do negócio. Estudos de casos foram realizados para transportar o que foi estudado no referencial teórico para a realidade e cotidiano de duas empresas distintas. A primeira empresa estudada (Empresa α), ainda permanece no mercado e vem alcançando o sucesso esperado. A segunda empresa estudada, (Empresa β), já encerrou suas atividades. Assim, abordam-se por meio de entrevistas semi- estruturadas junto aos empresários, algumas questões relevantes e que contribuem para o alcance dos objetivos do estudo aqui proposto. . Demonstra-se o que de fato ocorre/ocorreu com estas empresas à luz do referencial teórico utilizado, concluindo-se com algumas considerações e observações importantes. Para o alcance de tais objetivos, a presente pesquisa foi conduzida a partir da busca de respostas a algumas questões essenciais : Quais os fatores contribuem para que uma micro ou pequena empresa obtenha sucesso? Quais ações o empresário vem desenvolvendo para manter o seu negócio? Quais fatores na visão do empresário, conduziram a empresa ao o término das suas atividades ?

Motivações para empreender uma micro ou pequena empresa

É notável a quantidade de micro e pequenos empreendimentos existentes hoje no Brasil. Segundo o SEBRAE-SP (2006), as micro e pequenas empresas correspondem a 98% das empresas brasileiras. Talvez a diversidade de formas de se classificar estas empresas e, principalmente, as facilidades que estas vêm adquirindo no setor financeiro, constituam-se em motivos que têm levado os empreendedores a montar um negócio com estas características. Para Azevedo (1992) este interesse está relacionado à disponibilidade de capital do empreendedor, mesmo que este seja advindo de seus direitos/incentivos após sua saída do trabalho. O sonho de ter o próprio negócio e o desemprego, também são expostos por Azevedo (1992), que afirma entretanto que, por trás de qualquer interesse há uma motivação principal, o interesse lucrativo. SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 2 Em entrevista concedida ao SEBRAE/RJ (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro) em 2003, Marília de Sant’Anna Faria (Técnica no SEBRAE/RJ), e Takeshy Tachizawa (professor da Fundação Getúlio Vargas) destacaram outras motivações, além das já defendidas por Azevedo (1992). Dentre elas a identificação de uma oportunidade, a experiência anterior, a insatisfação no emprego e o tempo disponível. Os autores destacam esses fatores como sendo grandes motivos “que têm levado um grande contingente de pessoas a abrir um negócio próprio” (FARIA; TACHIZAWA, acesso em 20 mar. 2010). Indo ao encontro do que é exposto por Faria (2003) e Tachizawa (2003), pode-se reafirmar que, aliado às facilidades que o Governo vem oferecendo – para o desenvolvimento do País – há de se considerar as diversas motivações que derivam de características pessoais que contam no momento de se tomar a decisão. Desta forma, o tópico seguinte trata dos empreendedores e de algumas de suas habilidades e características essenciais.

O Empreendedor

Dornelas (2001) afirma que empreendedorismo pode ser ensinado, desde que as habilidades requeridas a um empreendedor sejam compreendidas e seguidas em equilíbrio com dificuldades cotidianas, alcançando provavelmente o sucesso da empresa. No livro, “Iniciando uma Pequena Empresa com Sucesso”, Morris (1991) define quatro tipos de pessoas que abrem empresas, que aqui chamamos de empreendedores. Ele os diferencia em o artesão, o administrador experiente, o vendedor e o burocrata. O que se nota de diferente entre esses empreendedores são habilidades e características pessoais, que “sobram” a alguns e “faltam” em outros, não havendo muitas vezes um equilíbrio no perfil dos empreendedores. Dornelas (2001) classifica as habilidades requeridas a um empreendedor em três áreas: Técnicas; Gerenciais; e Pessoais. Empreender requer práticas e habilidades especiais. O autor ainda divide o processo empreendedor em quatro etapas, afirmando que, apesar de serem mencionadas seqüencialmente, não se faz necessário terminar uma etapa para iniciar a outra, sendo elas: Identificação e avaliação da oportunidade; Desenvolvimento do plano de negócio; Determinação e captação dos recursos necessários; e Gerenciamento da empresa criada. A seguir serão discutidos alguns fatores que contribuem para o sucesso ou o fracasso das empresas, reafirmando algumas vezes o que já foi dito neste capítulo.

Alguns pontos considerados importantes para o sucesso

Neste tópico vê-se que alguns fatores, atitudes e ações contribuem para o sucesso ou o insucesso das empresas. Alguns autores e estudos abordam esta problematização e auxiliam a compreender melhor esses fatores. Dentre eles, uma pesquisa realizada pelo SEBRAE (2007), onde dois fatores principais são mencionados como sendo determinantes para o sucesso alcançado: um ambiente econômico melhor e uma maior qualidade empresarial (SEBRAE, 2007). No quesito ambiente econômico, os organizadores da pesquisa afirmam que: “[…] ocorreram a redução e o controle da inflação, a gradativa diminuição das taxas de juros, o aumento do crédito para as pessoas físicas e o aumento do consumo, especialmente das classes C, D e E” (SEBRAE, 2007, p.4). Já no ponto de vista da qualidade empresarial: […] os empresários que já têm curso superior completo ou incompleto já são 79% do total, e aqueles com experiência anterior em empresa privada subiram de 34% para 51%. […] empresários muito mais capacitados para enfrentar os desafios do mercado […] (SEBRAE, 2007, p.4). Os organizadores do estudo afirmam que os empresários melhor qualificados sabem administrar e lidar com os problemas de ordem econômica de uma melhor maneira SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 3 (SEBRAE, 2007). Pereira (1995) menciona algumas qualidades do empreendedor e dos empreendimentos que se constituem como base para o sucesso dos mesmos. – Qualidades do empreendedor: “Diversas características de personalidade que tipificam o perfil do empreendedor podem ser consideradas ‘qualidades’ essenciais ao sucesso do empreendedor e consequentemente do empreendimento” (PEREIRA, 1995, p. 273). Tais como: • Motivação para realizar; Persistência na busca dos objetivos: saber onde se quer chegar; Criatividade: implica em liberdade para agir independentemente; Autoconfiança: estar seguro das próprias idéias e decisões; Capacidade de assumir riscos: ter iniciativa e assumir responsabilidade pelos próprios atos; Outros atributos pessoais: capacidade para delegar tarefas e decisões; capacidade prospectiva para detectar tendências futuras; espírito de liderança para conduzir e orientar equipes, entre outros. – Qualidades do empreendimento: “[…] as empresas também têm pontos positivos e problemas […]. As principais qualidades que constituem a base do sucesso empresarial (PEREIRA, 1995)”, são: Na área mercadológica; Na área técnico- operacional; Na área financeira; Na área jurídico- organizacional. O autor lembra ainda, que muitas vezes não se faz necessário ter todas as características mencionadas acima, a presença de algumas já demonstra um indicador positivo uma vez que estão inter-relacionadas. Já Zaccarelli (2003), afirma que, é uma grande falácia considerar que os empresários por suas características pessoais e seu capital determinam o sucesso da empresa, ele justifica este fato por se tratar de atributos do empresário e não do negócio. O estudo do SEBRAE (2007), também faz um levantamento com os empresários entrevistados, considerando os que estão na ativa e os que já tiveram suas empresas extintas, em que os mesmos apontam o que para eles são fatores de sucesso. Os fatores mencionados foram divididos em três categorias: Habilidades gerenciais; Capacidade empreendedora; Logística operacional. A partir das tabelas (4, 5 e 6) abaixo, pode-se compreender e distinguir estes fatores de maneira mais detalhada. Vale destacar que os entrevistados podiam ter mais de uma resposta.

Alguns pontos que contribuem para o fracasso e insucesso

Ao se aprofundar no insucesso e fracasso das empresas, Zaccarelli (2003) seleciona e menciona seis lições que, para ele, não são consideradas suficientes para levar uma empresa ao sucesso. São elas: Corrigir deficiências e erros da administração; Tentar imitar empresas bem-sucedidas; Buscar excelência; Buscar ser bom em tudo; Usar técnicas administrativas modernas de fácil implantação; e Elaborar planos superficiais. Dentre as razões para o fechamento das empresas destacados no estudo realizado pelo SEBRAE em 2007, tem-se que: “A carga tributária é o fator assinalado que mais impacta nas empresas” (SEBRAE, 2007, p. 38). Pereira (1995) menciona fatores externos que, geralmente, também são citados pelos empreendedores que recentemente tiveram seu negócio fechado. São eles: a culpa do governo, da inflação, do mercado, dos concorrentes, dos fornecedores, dos juros altos cobrados pelos bancos, e da infidelização dos clientes. Chér (1991) afirma que a inexperiência com o ramo dos negócios, é um dos motivos que levam as empresas ao fracasso, muitas vezes, precocemente. A falta de competência administrativa, também é mencionada por este autor, que afirma que, ocorre do empreendedor conhecer o ramo, mas não saber administrar/gerenciar. Nesse sentido, torna-se pertinente lembrar que nem todo o empreendedor foi capacitado formalmente para abrir um negócio. E, mesmo se tratando daqueles que passaram por cursos de graduação em administração, muitas vezes, o que ocorre é que estes não são formados adequadamente no que se refere aos aspectos empreendedores, visto que há uma ênfase na teoria em detrimento da prática, observada em tais cursos. Variáveis de ordem psicológica, também colaboram para o fracasso das empresas, segundo Chér (1991). “A falta de resistência e a incapacidade de assumir riscos, não podem fazer parte do espírito empreendedor. A não capacidade de se conviver com longos períodos de dificuldades pode ser fatal.” (CHÉR, 1991, p. 22). Segundo Mattar (1988), existem fatores externos e internos que levam a empresa ao fracasso. Os motivos externos dizem respeito ao que ocorre no meio ambiente da empresa, que está fora do seu controle e que lhe dificulta a sobrevivência. Os motivos internos dizem respeito aos pontos fracos das pequenas empresas que também contribuem para reduzir sua sobrevivência (MATTAR, 1988). Dentre os motivos externos abordados por Mattar (1988), destaca-se o chamado ‘efeito sanduíche’, em que as pequenas empresas compram de grandes fornecedores e vendem para grandes clientes, ficando na situação em que os preços de compra são impostos pelos fornecedores e os preços de venda são impostos pelos clientes. O baixo volume de crédito e financiamento disponível, e a mão-de-obra desqualificada também são fatores determinantes para o fracasso da empresas (MATTAR, 1988). Em relação aos fatores externos citados por Mattar (1988), Chér (1991) lembra que, é importante por parte do empreendedor, demonstrar segurança e credibilidade juntos às instituições financeiras, a fim de obter maior volume de recursos. Já dentre os fatores internos, Mattar (1988) lança a idéia de Drucker das empresas ‘anãs’. A empresa ‘anã’ é pequena porque sofreu alguma distorção estrutural durante sua implantação ou durante o seu desenvolvimento, que em muitos casos é irreparável. Em função disso, ela é ineficaz e tem propensão a minguar cada vez mais até desaparecer, pois não reúne condições de enfrentar a concorrência com sucesso e muito menos de permanecer sintonizada com as contínuas mudanças ambientais (MATTAR, 1988). Os outros fatores internos são: o desencontro dos objetivos da empresa com os interesses do empresário, e a falta de recursos financeiros para tocar o negócio. Finalmente,  6 último fator interno, resultante segundo Mattar (1988), de um fator externo, remete-se à inadequada formação e noção sobre o negócio, onde o empresário não sabe lidar com determinadas situações e problemas. Para Pereira (1995), os fatores do fracasso são quase uma imagem reversa dos fatores do sucesso, ele conclui que o empreendedor muitas vezes deixa de utilizar suas características pessoais e os instrumentos que tem sob seu controle para gerir de maneira correta.

Metodologia na Gestão e na Contabilidade

De acordo com Silva e Menezes (2000) a pesquisa do ponto de vista qualitativo, considera uma relação entre o mundo real e o sujeito da pesquisa, não respondendo às questões em números, mas sim a partir de uma análise indutiva. Classificando esta pesquisa em relação aos seus objetivos, tem-se uma pesquisa de caráter exploratório. Isto porque segundo Gil (2009) estas pesquisas geralmente aprimoram idéias, e envolvem na maioria das vezes levantamento bibliográfico, entrevistas com quem já tem experiência com o problema pesquisado e análises de exemplos que motivem e facilitem a compreensão. Pode-se dizer ainda que, esta pesquisa é também descritiva quanto aos seus objetivos. Isto porque neste estudo, descrevem-se os fatores que contribuem para o sucesso ou fracasso das MPES, bem como o perfil dos empreendedores que estão à frente desses negócios. Ao confrontar a visão teórica com os fatos da realidade, Gil (2009) afirma que é preciso determinar um modelo conceitual, denominado delineamento. Já os estudos de casos, são definidos por Gil (2009, p.54) como: “[…] o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento […].” O autor trata ainda da crescente utilização de estudos de caso por diferentes propósitos. No caso deste estudo, pode-se considerar a preservação do caráter unitário do objeto de estudo, como sendo um deles. De acordo com Mattar (2001), os estudos de caso selecionados auxiliam a aprofundar o conhecimento de problemas não suficientemente definidos. Tem-se neste estudo dois casos a serem estudados, com empresas distintas. A primeira empresa analisada é a Empresa α, que se enquadra nos padrões de empresa de pequeno porte, segundo o critério de número de funcionários. Atua no ramo alimentício e localiza-se no bairro Praia do Canto em Vitória, Espírito Santo. A empresa possui 22 funcionários e é administrada por Khemel, que é graduado em Administração. Está no mercado desde dezembro de 2008, a entrevista foi feita em maio de 2010. A segunda empresa analisada é a Empresa β, esta também se enquadra nas empresas de pequeno porte, segundo o critério de faturamento. Foi lançada no mercado em 2006. Anteriormente, o estabelecimento era uma loja de artigos masculinos. Mais tarde, em dezembro do mesmo ano, o ponto foi dividido para a loja e uma lanchonete. Oito meses depois, a loja foi extinta, expandindo-se a lanchonete que se transformara em um bar, até dezembro de 2009, ano do seu fechamento. Khalil, o empresário que é graduado em Administração, colaborou com este estudo, relatando alguns aspectos que contribuíram para o fechamento da empresa. Estas empresas foram selecionadas pelo pesquisador, a fim de demonstrarem a realidade do que é expresso pelos autores e apresentado no referencial teórico deste trabalho. . O objetivo desta escolha esteve em aprimorar e ganhar mais conhecimentos sobre o assunto, sem evidenciar, contudo, a representatividade de uma população, considerando a natureza qualitativa do estudo, conforme já mencionado. A coleta dos dados desta pesquisa foi in loco, por meio de entrevistas pessoais com os empresários. As entrevistas foram semi-estruturadas, com o intuito de obter informações sobre os negócios, sobre os empreendedores, e também sobre a visão que os mesmos possuem SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 7 a respeito de sucesso/fracasso empresarial. De acordo com Lakatos e Marconi (2006) entrevistas semi- estruturadas são: “[…] quando o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de explorar mais amplamente a questão” (LAKATOS; MARCONI, 2006, p.279). Para facilitar o trabalho do pesquisador, e proporcionar mais tranqüilidade aos entrevistados, alguns recursos foram utilizados nas entrevistas, como: roteiros impressos para melhor acompanhamento e desenvolvimento da entrevista e um gravador, que facilita o entrevistador e o entrevistado para seguirem de maneira mais fluente, e sem interrupções, uma vez que, com a entrevista gravada, o pesquisador pode retornar com calma às respostas, e analisá-las cuidadosamente. Em uma primeira reunião, no mês de Abril de 2010, foi relatada aos sujeitos da pesquisa, uma explicação sobre este trabalho, bem como a importância de suas participações, por meio dos estudos de casos, para enriquecer e desenvolver de maneira mais completa o estudo. Os roteiros de entrevistas abordaram questões de caráter pessoal dos empreendedores, dados referentes às empresas em estudo bem como questões relacionadas ao que foi visto no referencial teórico. Dentre estas questões, pode-se mencionar: motivações para abrir uma empresa; características empreendedoras; identificação de oportunidades para iniciar o negócio; a importância do plano de negócios; a determinação e a captação de recursos; a gestão da empresa; e fatores considerados de sucesso/insucesso. Ao empresário que já tivera suas atividades encerradas (empresa fechada), além das perguntas relacionadas aos temas citados, coube também a apresentação de todo o processo de abertura e fechamento da empresa, assim como algumas perguntas direcionadas exclusivamente a ele, que não se enquadram no caso da Empresa α. O tratamento dos dados foi realizado por meio de análise qualitativa, porque conforme Trivinos (1987), esse método objetiva conhecer a realidade segundo a perspectiva dos sujeitos participantes da pesquisa. Para Miles e Huberman (1984) é importante que seja feita a redução dos dados, selecionando, simplificando e transformando esses dados para que o pesquisador possa chegar a uma conclusão desejada. A abordagem desse estudo de casos é qualitativa, em que não há restrição em relação ao método ou técnicas utilizadas (MINAYO, 2000).

Análise de Dados Contábeis

As duas empresas analisadas e pesquisadas são: as empresas α e β. Primeiro menciona-se algumas características e informações gerais sobre as empresas, a fim de obter-se uma noção e aproximação maior com os sujeitos das pesquisas. Em seguida, a partir das informações coletadas nas entrevistas, faz-se uma análise dos dados com o referencial teórico, e realiza-se um emparelhamento para saber se o que acontece na realidade e no cotidiano dos empresários estudados, condiz com o que foi abordado no referencial teórico.

 

 

Resumindo

Observou-se que a mortalidade das empresas de micro e pequeno porte é muito comum. Assim, deu-se início a uma pesquisa, baseada em dois estudos de casos, a fim de compreender quais fatores ligados à empresa e ao empreendedor que contribuem para o sucesso ou insucesso dos empreendimentos. A partir destes estudos de caso, pôde-se concluir e verificar o que os empresários realizaram ao longo dos anos de empresa, para que as mesmas obtivessem o sucesso ou insucesso. . Por isso, optou-se por escolher uma empresa que ainda se mantêm no mercado, e outra que já encerrou suas atividades. Partindo da análise da Empresa α, tem-se que a maioria das atitudes realizadas ao longo dos anos pelo empresário Khemel, tiveram organização e foco no que se deseja realizar. Ao emparelhar os dados coletados com o referencial teórico, observou-se que além das qualidades que são positivas ao empreendedor, há na empresa características benéficas para o sucesso. A qualificação, organização, dedicação e a capacidade de assumir riscos e de inovar no negócio, são algumas das qualidades positivas observadas no empreendedor. Já em relação aos negócios, além da identificação da oportunidade para sua abertura, houve o planejamento, que se conclui como uma ferramenta essencial ao negócio, pois além de garantir mais segurança ao empreendedor, prevê uma análise futura da empresa. Os recursos utilizados na empresa e o gerenciamento da mesma, também justificam o sucesso da Empresa α, que encontra-se no mercado até os dias de hoje. Em contrapartida, a Empresa β vem demonstrar quais fatores contribuíram para o seu insucesso. Após análise cuidadosa dos dados, observa-se que por parte da organização do negócio ocorreram algumas falhas, faltando foco e principalmente planejamento do negócio. Em relação ao empreendedor, tem-se que apesar do mesmo possuir qualificação para área de gestão de empresas, o mesmo não tinha conhecimento do mercado e do ramo em que estava atuando. A identidade da Empresa β não foi mantida durante os três anos de funcionamento, visto que o foco mudou em função de uma demanda, isto demonstra que, apesar do empenho por parte dos empresários, que tentavam inovar e se diferenciar para se manter no mercado, o desconhecimento e a inexperiência contribuíram negativamente para o negócio, que encerrou sua atividades não por problemas financeiros ou contábeis, mas por questões de qualificação dos empresários, que não estavam preparados para gerenciar a empresa, em virtude do próprio destino que esta ganhou. Assim, considera-se que esta pesquisa contribuiu para se conhecer melhor os fatores que podem afetar o sucesso ou insucesso das empresas, bem como para se observar duas realidades mais próximas e analisar se, o que foi demonstrado por estudiosos, aplica-se no cotidiano. Não se pode, contudo, generalizar o resultado desta pesquisa a todas as micro e pequenas empresas, uma vez que cada uma possui uma realidade distinta e estão expostas a condições ambientais, externas e internas diferentes. Pretende-se, de qualquer forma, que esta pesquisa possa auxiliar no conhecimento de estudantes, professores, empresários e interessados neste assunto.

Como escolher um bom escritório de contabilidade

Você está com dúvidas sobre como escolher um escritório de contabilidade para a sua empresa? Então saiba quais são os principais pontos a considerar.

Como nem todo escritório oferece o mesmo tipo de serviço, fazer uma boa pesquisa é fundamental. É preciso buscar referências, avaliar valores e os serviços oferecidos, entre outros.

Para saber mais detalhadamente a respeito disso, confira o que você precisa avaliar ao escolher um escritório de contabilidade. Vamos lá!

1. Recomendações

Jamais feche com um escritório de contabilidade sem antes saber o que outras empresas que já trabalham com ele pensam a respeito do serviço oferecido. Isso pode ser feito de duas maneiras:

Pela indicação de outros empresários

Nesse caso, você pode tomar como ponto de partida para a sua busca a recomendação de profissionais conhecidos. Assim, procure consultar aqueles que têm conseguido espaço no mercado. Certamente o escritório contábil com quem trabalham ajudou muito nesse sucesso. Não vá atrás de conselhos de quem enfrenta dificuldades porque é isso o que você quer evitar.

Por conta própria

Caso você prefira pesquisar por conta própria até chegar ao escritório de contabilidade mais interessante para a sua empresa, ao encontrar um pode pedir dados de contato dos clientes que esse escritório já possui. Assim, você pedirá referências e até mesmo algumas sugestões. Procure conversar, principalmente, com empresas que atuam no mesmo ramo.

Online

Se você busca autonomia, maior participação no processo contábil e uma comunicação rápida com o seu contador, essa é a melhor opção para a sua empresa.

Você pode pesquisar quais plataformas de contabilidade online atendem o seu município, sua atividade e oferecem serviços compatíveis com o seu orçamento.

2. Registros

Todo contador que atua profissionalmente precisa estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Assim, ele possui um número de inscrição que pode ser conferido na unidade do seu estado.

Sempre que você considerar a contratação de um escritório contábil, procure verificar se o profissional responsável está em dia com o CRC. Sua atividade é regulamentada por lei e, sem isso, a atividade não pode ser exercida.

3. Gastos

É preciso que os gastos que a sua empresa fizer com serviços contábeis caibam dentro do seu orçamento. Entretanto, quando se conta com um escritório competente, é possível reduzir custos e transformar gastos maiores em investimentos. Para tanto, é preciso considerar a relação custo/benefício.

Avalie então o que a sua empresa precisa em termos de qualidade de serviços, demanda e benefícios. Compare isso com o que o escritório poderá trazer para ela. Dependendo da sua necessidade, você pode precisar de profissionais com conhecimentos específicos. Existem escritórios que oferecem serviços especializados para questões trabalhistas, aberturas de empresas, entre outros.

Nesse caso, é preciso considerar o que realmente importa no seu empreendimento. Um escritório que não ofereça serviços específicos pode até cobrar mais barato, mas dificilmente terá condições de contribuir com o crescimento de sua empresa da maneira ideal.

4. Infraestrutura

Uma simples visita ao escritório que pretende contratar pode ajudá-la a conhecer melhor o ambiente. Nesse caso, avalie se a quantidade de funcionários parece compatível com a carga de trabalho que a sua empresa vai exigir deles. Conheça esses funcionários para saber se o clima da organização é positivo. Ambientes pesados podem comprometer o trabalho em equipe.

Fatores como organização, tecnologia, entre outros, também devem ser levados em conta. Escritórios que ainda não se modernizaram podem encontrar dificuldades para lidar com questões como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que foi criado justamente com o pressuposto de modernizar a maneira de as empresas cumprirem suas obrigações.

5. Atendimento

Outro elemento fundamental a ser analisado é o atendimento. Em tempos modernos, quanto mais rápido a empresa conseguir responder a seus clientes, melhor. E isso diz respeito também a escritórios de contabilidade.

Assim, uma dica simples e que você pode colocar em prática desde já é acessar os canais de comunicação do escritório que pretende contratar e verificar se eles funcionam bem: telefone, email, redes sociais, entre outros.

É importante verificar se a equipe é cuidadosa nesse quesito, pois no dia a dia você poderá precisar desse cuidado para obter retornos úteis em caso de dúvidas ou necessidades imediatas. Disponibilidade para atender, cordialidade para se comunicar e qualidade na hora de transmitir informações são fundamentais para um escritório de contabilidade que mantém clientes por muitos anos.

Por isso, a maioria deles investe em treinamento para criar padrões de comportamento. Verifique se os profissionais que você pretende contratar oferecem isso.

6. Logística do escritório de contabilidade

Acredite: você não vai querer passar o tempo todo pensando no seu escritório de contabilidade depois de fechar negócio. Nesse sentido, o ideal é que você se relacione com a equipe somente em reuniões periódicas ou em caso de necessidades ou dúvidas pontuais, ou seja, o mínimo possível.

Quando você não passa muito tempo em contato com os profissionais do escritório, significa que tudo está correndo bem. Nesse caso, procure avaliar se o escritório está bem equipado para lidar com questões burocráticas, de maneira que o fluxo de documentos não seja tão grande.

Soluções tecnológicas, nesse sentido, são um grande diferencial. A integração de dados eletrônicos com o sistema de sua empresa deve ser adotada. Tudo isso facilita a gestão de tempo e demonstra eficiência.

7. Relatórios

Para que contribua de forma decisiva com a gestão da sua empresa, cabe ao escritório contábil fornecer relatórios de qualidade para facilitar suas tomadas de decisão. Isso deve ser feito constantemente, de preferência a cada mês, de maneira que você tenha um parâmetro seguro sobre o andamento do seu negócio.

Assim, procure saber com outros clientes e com o próprio escritório como é feito o trabalho com relatórios, folha de pagamento, demonstrativos de tributos pagos, balancetes, entre outros. Perceber que eles são compreensíveis já é de grande valia para que você possa se sentir seguro ao fechar negócio.

8. Segmentação

Por fim, é preciso verificar se o escritório que se propõe prestar o serviço à sua empresa está capacitado para lidar com o seu segmento em específico. Alguns escritórios concentram-se em determinados nichos de mercado, portanto, é preciso ficar de olho se as soluções são compatíveis com os interesses da sua empresa.

Muitas vezes é válido considerar a contratação de um escritório especializado quando ele atua exatamente no seu segmento. Em outras, é melhor contar com os serviços de um escritório tido como generalista, ou seja, que contempla todos os ramos de atividade. Depende de cada caso.

Artigo produzido pela equipe da ContSimples.

Fonte: https://saiadolugar.com.br

Como abrir uma empresa em Santana: Passo a passo para tirar as idéias do papel


Ter o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros, mas só em pensar nas etapas para abrir uma empresa, alguns já começam a ter pesadelos. Com o objetivo de ajudar futuros empreendedores que ainda não sabem por onde começar e incentivar aqueles que estão com receio, a Interdados criou o guia “Como abrir uma empresa  em Santana? Passo a passo para tirar as ideias do papel”.

Quanto custa abrir uma empresa em Santana?

Segundo uma pesquisa realizada pela Firjan, o custo médio de abertura de uma empresa é de R$ 2.038, podendo variar em até 274% entre os diferentes municípios do país.

Todavia, há despesas indiretas que pesam no bolso do empresário. São despesas, como aluguel, reforma do ponto comercial e honorários do contador, que são suportados pelo empresário antes mesmo de iniciar suas atividades. Importante lembrar que o ponto empresarial já deve estar montado desde o início do processo de registro. Isso é necessário porque o zoneamento da cidade pode impedir o exercício de determinadas atividades em certos locais e a fiscalização dos órgãos de regulação, como bombeiros e vigilância sanitária, é feito durante o processo de registro, para finalmente ter um alvará de funcionamento.

Registrar Empresa: Documentos Necessários

A formalização do seu negócio é o primeiro passo para o início das suas atividades empresariais, mas você precisa ficar atento para realizar corretamente todas as inscrições, licenças e alvarás necessários. Mesmo após ter em mãos o CNPJ, o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, e estar inscrito na Previdência Social, há uma série de licenças, registros e alvarás municipais e estaduais que você irá precisar para funcionar legalmente.

A falta de algum desses documentos poderá atrasar ou até inviabilizar a abertura do seu empreendimento. Lembre-se que para cada ramo de atividade e/ou forma de constituição escolhida para abrir sua empresa, você precisará de autorizações distintas. A legislação do município e do estado onde sua empresa será instalada também pode exigir inscrições específicas. Por isso, é importante consultar um profissional contábil que conheça a legislação local.

Para te ajudar nesse importante passo empresarial, reunimos neste guia os principais documentos necessários para abrir uma empresa.

1 – Elaborando o contrato social

Basicamente, a elaboração do contrato social irá definir as participações de capital de cada um dos sócios do empreendimento, bem como definir quais serão as atividades da empresa e seu funcionamento (modelo tributário, participação dos sócios, etc). O passo seguinte é verificar se o nome e o objeto social da empresa encontram-se disponíveis para que o documento seja elaborado, que, por sua vez, deverá ser reconhecido em cartório e assinado por um advogado.

Uma dica é avaliar, já nesse momento, se sua empresa pode enquadrar-se no Simples Nacional, que é uma excelente forma de reduzir alíquotas de tributos e simplificar sua forma de pagamento junto aos órgãos do Fisco.

2 – Registro na junta comercial

O primeiro deles é o registro na Junta Comercial ou no Cartório de Pessoas Jurídicas de seu estado. É a partir desse registro que sua empresa passará a existir oficialmente. Ele deve ser feito antes da obtenção do CNPJ e, apesar de não oferecer autorização para sua empresa começar a funcionar, é requisito essencial para prosseguir no processo de legalização dela. Lembre-se que você precisará realizar previamente uma consulta do nome empresarial escolhido, para verificar se já não existe outra empresa registrada com ele.

2 – Alvará de localização e funcionamento

O principal documento obtido no município é o alvará de funcionamento, ele é a autorização final que lhe permite abrir as portas do seu negócio. Para o obter, você precisa comprovar na prefeitura da sua cidade que reúne todas as condições exigidas por lei para exercer a atividade de sua empresa. Essas condições podem variar de acordo com o município, estado e ramo de atividade.

Antes de o requerer e até mesmo de realizar a inscrição na junta comercial, você deverá fazer uma consulta prévia na prefeitura de sua cidade, para verificar se a atividade empresarial escolhida por você pode ser exercida no local onde pretende abrir a sua empresa.

3 – Inscrição estadual

A maioria dos estados possui um convênio com a Receita Federal que lhe possibilita obter a inscrição estadual pela internet junto com o seu CNPJ, por meio de um cadastro único. Em alguns casos, a inscrição estadual deve ser obtida antes do alvará de funcionamento. Essa inscrição é obrigatória para empresas que prestam serviços de comunicação e energia, além das empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. É a partir dela que você recebe a sua inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

4 – Licenças e inscrições nos órgãos de regulação estaduais e municipais

As autorizações dos órgãos de vistoria são requisitos essenciais para conseguir o seu alvará de funcionamento. São bastante variáveis e dependem do ramo de atividade, local de instalação e até mesmo do porte de sua empresa. Algumas atividades empresariais precisam de autorização até das Forças Armadas – como é o caso das empresas que trabalham com artefatos explosivos, bélicos e produtos químicos controlados. Entre as inscrições e licenças mais comumente exigidas, estão as seguintes:

  • Licença ambiental: Obtida em órgãos Municipais e Estaduais de meio ambiente e no IBAMA. Geralmente é exigida de empresas que exercem atividade industrial, metalúrgica, mecânica, têxtil, química, de calçados, atividade agropecuárias.
  • Licença sanitária: Obtida em órgãos Municipais, Estaduais e Federais de vigilância sanitária. É exigida principalmente de empresas que atuam no setor de alimentação, medicamentos e cosméticos.
  • Vistoria de cumprimento das normas de segurança: É realizada pelo Corpo de Bombeiros e praticamente todas as empresas estão sujeitas.

Além das inscrições e licenças municipais e estaduais, algumas atividades exigem a inscrição em órgãos federais, como o ministério do turismo, ministério da agricultura, pecuária e abastecimento, polícia federal, entre outros.

É essencial que você consulte um escritório de contabilidade , que é a pessoa mais indicada para te orientar em todas as licenças e inscrições que sua empresa irá precisar de acordo com seu ramo de atividade e demais características.

Como escolher um bom escritório de contabilidade

Você está com dúvidas sobre como escolher um escritório de contabilidade para a sua empresa? Então saiba quais são os principais pontos a considerar.

Como nem todo escritório oferece o mesmo tipo de serviço, fazer uma boa pesquisa é fundamental. É preciso buscar referências, avaliar valores e os serviços oferecidos, entre outros.

Para saber mais detalhadamente a respeito disso, confira o que você precisa avaliar ao escolher um escritório de contabilidade. Vamos lá!

1. Recomendações

Jamais feche com um escritório de contabilidade sem antes saber o que outras empresas que já trabalham com ele pensam a respeito do serviço oferecido. Isso pode ser feito de duas maneiras:

Pela indicação de outros empresários

Nesse caso, você pode tomar como ponto de partida para a sua busca a recomendação de profissionais conhecidos. Assim, procure consultar aqueles que têm conseguido espaço no mercado. Certamente o escritório contábil com quem trabalham ajudou muito nesse sucesso. Não vá atrás de conselhos de quem enfrenta dificuldades porque é isso o que você quer evitar.

Por conta própria

Caso você prefira pesquisar por conta própria até chegar ao escritório de contabilidade mais interessante para a sua empresa, ao encontrar um pode pedir dados de contato dos clientes que esse escritório já possui. Assim, você pedirá referências e até mesmo algumas sugestões. Procure conversar, principalmente, com empresas que atuam no mesmo ramo.

Online

Se você busca autonomia, maior participação no processo contábil e uma comunicação rápida com o seu contador, essa é a melhor opção para a sua empresa.

Você pode pesquisar quais plataformas de contabilidade online atendem o seu município, sua atividade e oferecem serviços compatíveis com o seu orçamento.

2. Registros

Todo contador que atua profissionalmente precisa estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Assim, ele possui um número de inscrição que pode ser conferido na unidade do seu estado.

Sempre que você considerar a contratação de um escritório contábil, procure verificar se o profissional responsável está em dia com o CRC. Sua atividade é regulamentada por lei e, sem isso, a atividade não pode ser exercida.

3. Gastos

É preciso que os gastos que a sua empresa fizer com serviços contábeis caibam dentro do seu orçamento. Entretanto, quando se conta com um escritório competente, é possível reduzir custos e transformar gastos maiores em investimentos. Para tanto, é preciso considerar a relação custo/benefício.

Avalie então o que a sua empresa precisa em termos de qualidade de serviços, demanda e benefícios. Compare isso com o que o escritório poderá trazer para ela. Dependendo da sua necessidade, você pode precisar de profissionais com conhecimentos específicos. Existem escritórios que oferecem serviços especializados para questões trabalhistas, aberturas de empresas, entre outros.

Nesse caso, é preciso considerar o que realmente importa no seu empreendimento. Um escritório que não ofereça serviços específicos pode até cobrar mais barato, mas dificilmente terá condições de contribuir com o crescimento de sua empresa da maneira ideal.

4. Infraestrutura

Uma simples visita ao escritório que pretende contratar pode ajudá-la a conhecer melhor o ambiente. Nesse caso, avalie se a quantidade de funcionários parece compatível com a carga de trabalho que a sua empresa vai exigir deles. Conheça esses funcionários para saber se o clima da organização é positivo. Ambientes pesados podem comprometer o trabalho em equipe.

Fatores como organização, tecnologia, entre outros, também devem ser levados em conta. Escritórios que ainda não se modernizaram podem encontrar dificuldades para lidar com questões como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que foi criado justamente com o pressuposto de modernizar a maneira de as empresas cumprirem suas obrigações.

5. Atendimento

Outro elemento fundamental a ser analisado é o atendimento. Em tempos modernos, quanto mais rápido a empresa conseguir responder a seus clientes, melhor. E isso diz respeito também a escritórios de contabilidade.

Assim, uma dica simples e que você pode colocar em prática desde já é acessar os canais de comunicação do escritório que pretende contratar e verificar se eles funcionam bem: telefone, email, redes sociais, entre outros.

É importante verificar se a equipe é cuidadosa nesse quesito, pois no dia a dia você poderá precisar desse cuidado para obter retornos úteis em caso de dúvidas ou necessidades imediatas. Disponibilidade para atender, cordialidade para se comunicar e qualidade na hora de transmitir informações são fundamentais para um escritório de contabilidade que mantém clientes por muitos anos.

Por isso, a maioria deles investe em treinamento para criar padrões de comportamento. Verifique se os profissionais que você pretende contratar oferecem isso.

6. Logística do escritório de contabilidade

Acredite: você não vai querer passar o tempo todo pensando no seu escritório de contabilidade depois de fechar negócio. Nesse sentido, o ideal é que você se relacione com a equipe somente em reuniões periódicas ou em caso de necessidades ou dúvidas pontuais, ou seja, o mínimo possível.

Quando você não passa muito tempo em contato com os profissionais do escritório, significa que tudo está correndo bem. Nesse caso, procure avaliar se o escritório está bem equipado para lidar com questões burocráticas, de maneira que o fluxo de documentos não seja tão grande.

Soluções tecnológicas, nesse sentido, são um grande diferencial. A integração de dados eletrônicos com o sistema de sua empresa deve ser adotada. Tudo isso facilita a gestão de tempo e demonstra eficiência.

7. Relatórios

Para que contribua de forma decisiva com a gestão da sua empresa, cabe ao escritório contábil fornecer relatórios de qualidade para facilitar suas tomadas de decisão. Isso deve ser feito constantemente, de preferência a cada mês, de maneira que você tenha um parâmetro seguro sobre o andamento do seu negócio.

Assim, procure saber com outros clientes e com o próprio escritório como é feito o trabalho com relatórios, folha de pagamento, demonstrativos de tributos pagos, balancetes, entre outros. Perceber que eles são compreensíveis já é de grande valia para que você possa se sentir seguro ao fechar negócio.

8. Segmentação

Por fim, é preciso verificar se o escritório que se propõe prestar o serviço à sua empresa está capacitado para lidar com o seu segmento em específico. Alguns escritórios concentram-se em determinados nichos de mercado, portanto, é preciso ficar de olho se as soluções são compatíveis com os interesses da sua empresa.

Muitas vezes é válido considerar a contratação de um escritório especializado quando ele atua exatamente no seu segmento. Em outras, é melhor contar com os serviços de um escritório tido como generalista, ou seja, que contempla todos os ramos de atividade. Depende de cada caso.

Artigo produzido pela equipe da ContSimples.

Fonte: https://saiadolugar.com.br

Os 5 pecados capitais de finanças e contabilidade

Organizar as finanças e contabilidade em uma PME não é uma tarefa fácil. Veja aqui 5 erros para ficar atento!

Negócios funcionam ao redor de dinheiro: gastamos com fornecedores, funcionários e qualificação, e ganhamos com clientes – bem simples de entender o mecanismo.

O problema não está em entender esse funcionamento, mas sim em fazê-lo rodar de forma saudável. Caso fosse simples, não teríamos a falta de conhecimento em gestão financeira como uma das 4 principais causas de mortalidade de empresas no Brasil.

É claro que empreendedores se preocupam primordialmente com seus clientes e com a entrega dos produtos/serviços ofertados. Porém, se a devida importância não é dada à parte financeira da empresa, ela pode ser aquela desagradável surpresa que pode pesar tanto que acaba afundando tudo.

Por isso, levantamos aqui 5 práticas que devem ser totalmente abolidas na gestão financeira de qualquer empresa:

1- Achar que fluxo de caixa é coisa de empresa grande

Não importa se a sua empresa faz poucas movimentações e você acha que lembra tudo de cabeça e que analisar o extrato do banco é suficiente. Controlar o fluxo de caixa detalhadamente, seja numa planilha ou num aplicativo online, é essencial para criar informações que serão usadas em muitas decisões do dia-a-dia.

Vale a pena pagar esse fornecedor a vista ou parcelado? Precisarei de um empréstimo no mês que vem para fechar as contas? Será que preciso e posso pagar um novo funcionário?

Acredite, sem um fluxo de caixa bem feito, você consegue responder exatamente ZERO dessas perguntas.

2- Ter um Contador que não te cobra a documentação e não dá orientações

Infelizmente no Brasil é muito mais fácil você encontrar um contador picareta em vez de um contador sério, disposto a ser não só um fornecedor de serviços, mas principalmente um parceiro comprometido com o seu negócio.

Um escritório de contabilidade sério passa orientações sobre como documentar as transações financeiras, emissão de notas fiscais, pagamentos de impostos e muito mais. Ao mesmo tempo, ele precisa preparar e te entregar demonstrativos, declarações e guias de impostos.

Ou seja, se você está feliz com o seu contador porque ele “não te enche o saco”, reveja seus conceitos e se de fato esse contador é o ideal para sua empresa.

3- Misturar finanças pessoais com as da empresa

Por mais que você seja o único dono da empresa e que o dinheiro que está lá pareça ser o mesmo que vai pra sua conta pessoal, acredite: não é. É saudável sua análise ver quais foram os gastos e investimentos da sua empresa para chegar naquele valor – a partir do momento que está tudo misturado, fica impossível ter um bom fluxo de caixa e assim analisar os produtos/serviços com as melhores margens, por exemplo.

Se você tem um sócio, essa mistura do dinheiro particular com o da empresa é fatal para a sociedade. Como saber se tudo é feito de maneira justa para todos os envolvidos? Quando essa mistura passa a acontecer, todas as possibilidades de controle financeiro vão para o espaço.

4- Confundir venda com dinheiro na conta

A diferença é que enquanto o dinheiro não está na sua conta, o cliente sempre pode desistir, ou ele pode atrasar (ou calotear) o pagamento, ou ele vai pedir para parcelar. E pode acreditar: isso é menos raro do que aparenta.

Esse é o tipo de precaução que pode ser confundida com Cornetagem do Apocalipse. Há pouco tempo fizemos um EmpreendePapo falando sobre como organizar o processo de vendas em PMEs, comentando basicamente sobre o funil de vendas e suas divisões.

5- Não ter um planejamento financeiro e cenários bem trabalhados

Vamos imaginar que você tem um fluxo de caixa relativamente bem organizado e que você o utiliza para tomar decisões, principalmente de compras ou até de contratação de novos funcionários ou fornecedores.

Se você tem isso, parabéns! Já está na frente de boa parte das empresas.

O problema é que só isso não é suficiente. Uma empresa com boa gestão financeira utiliza seus históricos financeiros (do fluxo de caixa bem feito), mistura isso com suas projeções de vendas e com o seu planejamento estratégico para criar o planejamento financeiro, já pensando em diferentes cenários (otimista, regular e pessimista, por exemplo).

Apenas com esse tipo de plano em mãos que o empresário consegue tomar decisões estratégicas, desde criação de novos produtos, ações de divulgação, novas contratações e por aí vai. Sem um bom planejamento financeiro, é impossível saber se haverá capital de giro para alguns investimentos, ou se é preciso um financiamento e qual a taxa de juros para que ele valha a pena.

Empresa que faz boa gestão financeira sabe quando tem condições de aproveitar uma oportunidade de momento. Foi para essas empresas que o Banco do Brasil criou o Pula Parcela Empresa.  Com ele, você pode escolher pular até três parcelas de capital de giro em cada ano. Quando pulada, a parcela vai para o final do contrato e somente os juros são cobrados naquele mês. Assim, fica mais fácil aproveitar oportunidades sem comprometer o fluxo de caixa!

E você, já cometeu ou viu algum outro crime contra a boa gestão financeira?

Abraços,
Luiz Piovesana (evitando o purgatório financeiro)

Obs.: Esse artigo foi patrocinado pelo Banco do Brasil. Isso significa que os recomendamos como referência, mas não há influência em nossa linha editorial nem nossa opinião.

Fonte: https://saiadolugar.com.br/

 

Contabilidade de custos, qual a importância para o meu negócio?

A contabilidade de custos te ajuda a responder muitas perguntas que aparecem diariamente na sua empresa.

Alguns exemplos: é possível dar aquele desconto para um cliente fiel? Se for, qual o máximo de desconto possível em cada item da venda para que ainda haja lucro?

E mais: quantos itens de um determinado produto você tem que vender mensalmente para que ele seja realmente lucrativo? Há produtos que você deveria deixar de comercializar por serem caros de produzir se comparados com o preço final?

Neste artigo vamos te mostrar a melhor maneira de responder a essas perguntas e ainda ter um controle de custos muito melhor, produzindo e vendendo os produtos certos pelo preço certo. Acompanhe até o final:

O que é contabilidade de custos

A palavra “custo”, no vocabulário das empresas, não quer dizer a mesma coisa que gastos ou despesas.

Toda vez que você ler essa palavra escrita aqui, saiba que nos referimos ao dinheiro que você gasta para produzir aquilo que vende.

Assim, se você é dono de uma fábrica de roupas, por exemplo, você usa máquinas e ferramentas na fabricação e precisa de matéria-prima (tecidos e tinta, entre outros).

As máquinas, por sua vez, gastam energia elétrica para produzir a roupa, então sua conta de luz também é um custo.

Por outro lado, se você tem funcionários para manter um site, alguém que trabalha na parte de marketing, vendas online ou divulgando sua marca nas redes sociais, o valor que paga a eles não é um custo e sim um gasto.

Eles te ajudam a vender o seu produto, mas não atuam na produção dele.

E a contabilidade de custos nada mais é do que uma forma de conhecer e ter controle sobre os custos de produção de cada item que você vende, racionalizando-os e tomando as melhores decisões para ganhar o máximo nas vendas, gastando o mínimo.

Por que fazer

A contabilidade de custos não serve apenas para ter na ponta da língua a resposta para as perguntas que fizemos no início deste texto.

Ela é, também, uma forma importante de acompanhar a evolução contábil do seu negócio.

Afinal, o seu produto é uma espécie de termômetro da empresa como um todo: se o valor que você cobra por ele aumenta e as vendas se mantêm, bom sinal. As pessoas reconhecem a qualidade e acham justo pagar mais.

Ou então, se você tem vendido cada vez mais e, por isso, pode baixar o preço final — o que significa que a produção se tornou relativamente mais barata por causa da quantidade — isso é outro indício de que as coisas vão bem.

Com o passar dos anos, você pode comparar esses números e, a partir deles, ter um diagnóstico preciso da evolução patrimonial, financeira e contábil da sua empresa.

Quais são os tipos de custos

Agora que você já sabe que os custos são o que você gasta na produção daquilo que vende, vamos entender melhor as categorias em que eles podem ser divididos:

Custos diretos

Esses são os mais fáceis de identificar. Na loja de roupas que usamos como exemplo, o tecido e a tinta seriam custos diretos. Isso porque eles têm uma relação direta com o produto.

Quanto mais roupas você produzir, aliás, maior será o seu gasto com esses itens. Por esse motivo, os custos diretos podem ser chamados também de custos variáveis.

Custos indiretos

Os custos indiretos são gastos que você tem com o seu produto, mas que não se relacionam diretamente com ele.

Por exemplo: se você tem um funcionário que supervisiona cada etapa da produção das roupas, o salário dele é um custo indireto.

Mesmo que a produção diminua ou aumente, o pagamento dele permanece o mesmo – claro, se você paga comissão, ela não entra aqui.

Como os custos indiretos não variam com o aumento e diminuição da produção, eles costumam ser chamados também de custos fixos. Outro bom exemplo deste tipo é o aluguel.

Como fazer essa contabilidade

Prepare papel e caneta, pois agora vamos te ensinar um passo a passo para fazer a sua contabilidade de custos.

Para que tudo fique bastante concreto, vamos realizar esse cálculo utilizando o exemplo da loja de roupas de que falamos anteriormente.

Imagine que você é o proprietário dessa loja e que ela só produz camisas.

É claro que esse exemplo é absurdo, pois lojas de roupas produzem vários itens como calças, meias, luvas, etc. Mas a ideia é simplificar a conta para que você a entenda bem e possa aplicar nos outros itens, numa situação real.

Pois bem: como saber se vale mesmo a pena produzir esse item?

Liste todos os custos

A primeira etapa da contabilidade de custos é saber tudo que você gasta para produzir suas camisas. Seja bem detalhista e não tenha pressa.

Uma dica para não esquecer nada é ficar uma semana ou um mês inteiro com um caderninho na mão, anotando todos os custos que aparecerem. É uma tarefa cansativa, mas que só será feita uma vez.

Suponhamos que esta seja a sua lista:

  • Aluguel: R$2.000
  • Conta de luz: R$1.000
  • Conta de água: R$300
  • Salário do funcionário: R$2.000
  • Matéria-prima (tecidos, tinta, linha de costura etc): R$5.500
  • Depreciação (máquinas que dão defeito pelo uso ou ferramentas que se desgastam e precisam ser trocadas): R$400

Separe os custos diretos

Muito bem. Da sua lista de custos, quantos são diretos? Lembre-se da melhor forma de fazer essa diferenciação: os custos diretos sempre vão aumentar ou diminuir proporcionalmente à quantidade de camisas que você produzir.

No nosso exemplo, são estes:

  • Matéria-prima: R$5.500
  • Conta de luz (quanto mais tempo as máquinas ficarem ligadas, maior a sua produção e maior a conta de luz, por isso esse custo é direto): R$1.000
  • Depreciação: R$400

Custos diretos totais: R$6.900

Compare o custo direto com o preço de venda

Vamos supor que você venda 200 camisas por mês e que cada uma custe R$80. Isso significa que o seu faturamento é de R$16.000 mensais (R$80 x 200 = R$16.000).

Agora, vamos calcular a sua Margem de Contribuição. Ela é simples de calcular e é um dado muito importante para a contabilidade de custos. Sua fórmula é simples:

RECEITA – CUSTO DIRETO = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Ou seja: R$16.000 – R$6.900 = R$9.100.

Pronto. Agora você sabe que tem uma receita mensal de R$16.000 e o seu custo direto mensal é de R$6.900. E também sabe que a sua margem de contribuição é de R$9.100.

Ou seja, você tem um faturamento maior do que o custo direto para aquele item, o que é ótimo.

Se não fosse assim, esse já seria o primeiro erro constatado na sua contabilidade de custos. Afinal, se o faturamento é baixo e o custo direto alto, significa que a sua margem de lucro é baixa. E ainda nem incluímos os custos indiretos.

É isso que vamos fazer agora:

Custo indireto, custos totais e ponto de equilíbrio

Estes são os seus custos indiretos:

  • Aluguel: R$2.000
  • Conta de água: R$300
  • Salário do funcionário: R$2.000

Custo indireto total: R$4.300.

Somando os custos diretos e indiretos você tem o seu custo total, que é de R$11.200 (R$6.900 + R$4.300 = R$11.200).

O último valor que é interessante saber é o ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio é quanta mercadoria você deve vender apenas para pagar os seus custos. Ele é calculado assim:

CUSTO INDIRETO / (RECEITA – CUSTO DIRETO) x 100 = PONTO DE EQUILÍBRIO

No nosso exemplo ficaria assim:

R$4.300 / (R$16.000 – R$6.900) x 100

Uma vez que o resultado deve ser uma fração ou uma porcentagem, o valor do seu ponto de equilíbrio seria de 47,25%.

Ou seja, menos da metade das suas 200 camisas (mais precisamente 94,5 camisas ou R$7.560, se fizer questão de precisão absoluta) devem ser vendidas num mês para que você não tenha prejuízo.

Como dissemos, simplificamos ao máximo esse cálculo para que ele ficasse mais fácil de compreender.

A ideia é que você o aplique a cada um dos produtos que vende (use como custo direto apenas aquilo que é gasto para produzir cada produto) e você terá a contabilidade de custos completa da sua empresa.

Conclusão

Calculando assim, você sabe exatamente quanto cada produto representa para a sua empresa em vendas e receita. E é possível evitar aqueles itens cujo preço final é baixo se comparado com o preço de produção.

E também precificar melhor, já que agora entende o valor que deve estar embutido em cada unidade que produz.

Junte esses números durante alguns anos e você vai saber muito bem como a inflação incidiu sobre suas vendas, como o preço da matéria-prima oscilou e se isso influiu negativamente no seu preço final, ao longo do tempo.

Se for detalhista e disciplinado na sua contabilidade de custos sua empresa, ainda que pequena, vai tomar as decisões certas, usar bem os recursos e conquistar um lugar de destaque no segmento em que se insere!

Fonte: https://saiadolugar.com.br/

Tudo o que você precisa saber sobre REFORMA TRABALHISTA

A reforma trabalhista está promovendo mudanças significativas no regime de contratação. Veja aqui como essas alterações interferem na relação de pequenas empresas com seus empregados.

Recentemente o congresso aprovou uma ampla reforma trabalhista. As mudanças foram sancionadas pelo presidente Michel Temer no último dia 13 de julho, e entram em vigor a partir de novembro — que é quando termina o prazo legal de 120 dias para a implantação do novo dispositivo.

A ideia é a de que, até lá, empregadores e empregados entendam bem o que muda de fato, seja em contratos novos ou em contratos já firmados. Como já existem muitos conteúdos tratando das alterações sob o viés das grandes empresas, este artigo é para orientar você, empreendedor(a), que é responsável por uma startup ou por uma scale-up (empresa de crescimento contínuo).

Afinal, a reforma traz mudanças que vão impactar diretamente a sua operação. E é fundamental que você as conheça para tirar o melhor proveito delas.

O que muda para as pequenas empresas?

O fato é que não há, na reforma, uma distinção entre portes de empresas. Mas o que resulta proveitoso para quem é responsável por um pequeno negócio é algo que, de certa maneira, é proveitoso para todos: a flexibilização de forma. Você deve ter ouvido críticas a respeito dessa flexibilização, de como ela implica a revogação de determinados direitos dos trabalhadores. Mas isso é equivocado: o que muda é a forma como esses benefícios serão assegurados, que comporta uma variação que antes não existia.

A meu ver, a flexibilização é especialmente benéfica para pequenas empresas. Para o modelo de negócio que está em desenvolvimento, a inflexibilidade era um tremendo desafio. O modelo de contrato era muito rígido e universal; uma grande empresa tem mais recursos para se ajustar a regras que não são tão favoráveis. Mas o empreendedor era muito mais sensível.

Por exemplo: a compensação de jornada de trabalho. Agora, há a possibilidade da compensação em regime de banco de horas individual ser feita em até 6 meses (antes só poderia ser semanal). Isso significa que o pequeno empreendedor tem a possibilidade de fazer um banco de horas sem ter que depender de sindicato para o qual nem sempre uma pequena empresa será prioridade. A pequena empresa pode conseguir acordo de compensação de jornada mediante um acordo individual, o que é muito mais dinâmico e eficaz. A questão do trabalho remoto também foi abordada: até hoje não havia regulamentação específica, o que causava dúvidas e insegurança, e agora há uma regulamentação específica.

Outro desafio que a legislação antiga para o empreendedor dizia respeito à contratação de executivos. Era muito difícil para empresas de menor porte competir com as grandes multinacionais nesse campo. Mas, agora, há uma série de dispositivos novos que possibilitam a autonomia de vontade em certos contratos de trabalho — podendo haver até cláusula de arbitragem. Isso proporciona maior amplitude de negociação entre empresas e empregados — o que também beneficia os empreendedores.

Enfim, de modo geral, a flexibilização concede, ao pequeno empreendedor, maiores possibilidades de conferir eficiência à gestão a partir da força de trabalho.

O QUE MUDA EM QUESTÕES COMO FÉRIAS, BANCO DE HORAS, JORNADA DE TRABALHO, IMPOSTO SINDICAL E HOME OFFICE?

Vamos lá!

Férias

Regra atual: Fracionamento das férias limitado a casos excepcionais, no máximo em dois períodos, nenhum dos quais pode ser inferior a 10 dias e não sendo permitido o fracionamento para empregados menores de 18 ou maiores de 50 anos.

Nova regra: Institui que férias poderão ser fracionadas em até três períodos. Um período de no mínimo 14 dias, e nenhum período inferior a cinco dias. Menores de 18 anos e maiores de 50 podem fracionar férias. Veda o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

Banco de horas

Regra atual: É obrigatória a negociação com o sindicato, limitada a um período de no máximo 12 meses.

Nova regra: A negociação ocorre por acordo individual escrito com o empregado, limitado ao prazo máximo de seis meses. A negociação com o sindicato permanece, limitado ao prazo de 12 meses. Horas extra habituais não descaracterizam o banco de horas.

Jornada de trabalho

Regra atual: Possível mediante negociação com o sindicato.

Nova regra: Pode ser negociada diretamente com o empregado.

Contribuição sindical

Regra atual: Obrigatória e equivalente a 1 dia de salário por ano

Nova regra: Estabelece que as contribuições sindicais dos empregados passarão a ser voluntárias mediante autorização expressa do empregado. E que a contribuição sindical da empresa também será opcional.

Trabalho remoto/home office

Regra atual: Não há previsão legal.

Nova regra: Regulamenta a atividade como trabalho predominantemente fora das dependências do empregador. Estabelece contrato escrito. Institui que a responsabilidade pelo fornecimento e manutenção de equipamentos de TI e pelo reembolso de despesas do empregador ao empregado deve ser definida no contrato escrito. Estabelece a possível a mudança de sistema (presencial para home office e vice-versa) por mútuo acordo ou, no caso de mudança do sistema de home office para presencial, por imposição do empregador.

Falando sobre acordo sindical: o que muda de fato?

A principal mudança proposta pela reforma é a revogação do imposto sindical. Isso acabou. Mas o mecanismo pelo qual a negociação ocorre permanece o mesmo. Não há uma mudança jurídica nas relações sindicais. Os sindicatos continuam “valorizados”, porque determinados acordos dependem deles.

As negociações continuam do mesmo modo que sempre foram. Continua existindo a convenção coletiva, estabelecida entre entidades patronais e sindicatos que se reúnem a cada ano para ao menos discutir reajuste salarial. As determinações incluem todos os trabalhadores de um determinada atividade em um determinado território e as empresas dentro do mesmo contexto.

Mas com a reforma ganha relevo, também, o acordo coletivo, estabelecido entre uma empresa e um sindicato. O que é benéfico aos empreendedores.

Tome, como exemplo, o setor de tecnologia. Temos startups e pequenas empresas, e as grandes: é o mesmo sindicato que representa todos os trabalhadores. É muito difícil imaginar que esses trabalhadores tenham todos as mesmas necessidades. Haverá necessidades de cláusulas de contrato que interessam mais a grandes empresas, outras a menores.

Assim, o acordo coletivo permite que uma determinada empresa vá ao sindicato apresentar uma necessidade (banco de horas, por exemplo). Esse acordo pode ser feito entre a empresa e o sindicato.

O desafio da relevância nas negociações com sindicatos

Uma consideração que eu gostaria de fazer diz respeito à relevância das pequenas empresas nessa negociação com sindicatos. É uma questão delicada: como o pequeno empresário com dez empregados se torna tão relevante quanto uma empresa com muito mais empregados? O impacto social de um acordo coletivo é maior do que aquele com poucos.

Fica a impressão de que, embora o pequeno empreendedor possa ir diretamente ao sindicato, seja mais provável que ele ainda vá “de reboque” nas convenções. Assim sendo, uma alternativa interessante é o acordo de compensação individual de 30 dias ou o banco de horas individual.

De que forma os empreendedores podem se beneficiar com essas mudanças?

O empreendedorismo se beneficia na medida em passa a poder ajustar o contrato de trabalho à sua realidade de negócio. A reforma corrige uma extemporaneidade, que era o pressuposto de que todos os negócios são iguais, ou de que todos os empregadores têm os mesmos desafios.

Assim, a grande virtude da reforma é permitir algumas customizações do contrato. Flexibilizar, nesse caso, não implica perda de direitos. O que muda é como isso será definido.

Fonte: https://endeavor.org.br

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